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Centro de Estudos Africanos

Mestrado em Ciências Florestais

Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
 
Mestrado em Ciências Florestais
 
 
1.Apresentação do Curso
 
Introdução
 
Moçambique está localizado na região Austral da África, possui uma superfície de 799.380 km2 e uma população estimada em 23,7 milhões de habitantes (INE, 2010). É um dos poucos países na região que ainda mantém uma proporção considerável da sua cobertura com florestas naturais, todavia, apresenta uma elevada taxa de desmatamento estimada em 219 mil hectares por ano e em simultâneo possui um potencial para estabelecimento de plantações florestais (Sitoe et al., 2012; Marzoli, 2007).
De acordo com Nhantumbo e Izidine (2009) o desmatamento no país está associado à forte dependência da população em relação aos recursos naturais, visto que cerca de 80% da população total depende dos recursos florestais para sua subsistência. 
Estudos recentes mostram que a elevada dependência da população moçambicana em relação aos recursos florestais, associado ao lento crescimento das florestas tropicais nativas, pode levar a escassez dos recursos florestais num futuro próximo caso este cenário prevaleça. Nesse sentido, para assegurar redução da pressão sobre a floresta tropical nativa, o governo moçambicano decidiu em meados de 2005, promover plantações florestais com espécies exóticas de rápido crescimento (Minag, 2006).
A formação de pessoal especializado na área de ciências florestais com uma forte componente de pesquisa pode contribuir para a solução dos desafios supracitados
A presente proposta de Mestrado em Ciências Florestais orienta-se pela Lei do Ensino Superior, o Regulamento sobre o Sistema Nacional de Transferência de Créditos Académicos (SNATCA), bem como o quadro normativo interno, nomeadamente o Regulamento dos Cursos de Pos-graduação e o Quadro Curricular da Pós-graduação, vigentes na UEM. Inspira-se ainda na experiência acumulada de vários anos de trabalho a nível nacional e internacional bem como das parcerias existentes entre a FAEF e várias instituições nacionais e estrangeiras.
A proposta apresenta o Mestrado de Ciências Florestais em 2 ramos, nomeadamente o ramo de Silvicultura e o ramo de Economia e Maneio Florestal
 
2.Objectivos do curso
 
Objectivo Geral
 
O objectivo geral do curso de Mestrado em Ciências Florestais é de formar um especialista com capacidade para identificar e resolver problemas técnicos, planificar e organizar a produção, administrar recursos, gerar, disseminar e aplicar conhecimentos para o desenvolvimento socio-económico sustentável a nível local, regional e global. 
 
Objectivos Específico
s
Nesse sentido, o Mestrado em Ciências Florestais é desenhado para proporcionar aos estudantes:
- Conhecimentos gerais sobre os fundamentos de produção e desenvolvimento sustentável florestal, tendo em conta a dimensão social, económica e ambiental;
- Desenvolver capacidade para desenhar, conduzir, analisar e reportar pesquisas florestais;
- Desenvolver capacidades para desenhar, executar, monitorar e avaliar projectos de desenvolvimento; e
- Desenvolver capacidade de comunicação e liderança. 
 
3.Competências específicas
 
As competências genéricas referem-se às capacidades que são necessárias em todos os domínios de conteúdo e podem ser utilizadas em situações profissionais novas. Estas competências são por causa da sua transmissibilidade, o conjunto básico de capacidades para a vida quotidiana, dentro e fora da profissão.
De forma específica o graduado em Ciências Florestais deve ter competências relativas ao conhecimento, habilidades e atitudes específicas que serão adquiridas ao longo do curso e são compostas por competências do saber, do saber fazer e ser como se descreve de seguida. 
 
3.1.Nas competências do saber o graduado deve:
- Explicar os fundamentos da ecologia e produção florestal;
- Descrever os métodos de avaliação e quantificação dos recursos florestais, madeireiros e não madeireiros;
- Explicar os princípios de conservação e uso sustentável dos recursos florestal;
- Caracterizar os aspectos sociais, económicos e ambientais do sector florestal; e 
- Compreender a política e legislação florestal.
 
3.2.Nas competências do saber fazer o graduado deve:
- Descrever aspectos biológicos e ecológicos sobre sistemas de produção florestal; 
- Identificar, aos níveis de ecossistemas, o potencial de produção sustentável e possíveis ameaças;
- Avaliar os recursos florestais e formular estratégias para a sua valorização; e
- Avaliar e determinar o valor económico dos impactos ambientais por empreendimentos no âmbito do desenvolvimento agrário sustentável.
 
 3.3. Nas competências do saber ser
Para além de adquirir as competências supracitadas, o graduado do curso de Mestrado em Ciências Florestais deve ser:
- Empenhado e consciente sobre a sua profissão nas condições de desenvolvimento de Moçambique;
- Idóneo, assume as suas responsabilidades com profissionalismo e procura incutir o mesmo aos seus colaboradores;
- Idóneo para trabalhar em equipa e individualmente, para diagnosticar problemas, monitorar as actividades e propor soluções aos problemas diagnosticados;
- Capaz de assumir responsabilidades de forma a contribuir para os conhecimentos e as práticas profissionais e/ou rever o desempenho estratégico de equipas;
- Capaz de dinamizar e servir de modelo aos que o rodeiam;
- Empreendedor, criativo e inovador na sua área de actuação e procurar melhorar as condições de trabalho;
- Profissional que se guia por interesse genuíno de melhorar o bem-estar das comunidades;
- Cortês e respeitador da ética profissional;
- Profissional exemplar com um profundo sentido prático e de intransigência pelo uso racional dos recursos (naturais e materiais da sua unidade de produção);
- Flexível na adaptação à evolução tecnológica na sua área de trabalho;
- Interessado por uma aprendizagem continua; e
- Agente exemplar na luta por preservar a natureza e incentivar um desenvolvimento sustentável.
 
5.Público – alvo
 
Os candidatos que pretendem frequentar o curso de Mestrado em Ciências Florestais devem ser:
- Licenciados em cursos de áreas agrárias;
- Licenciados em cursos de áreas afins ao sector agrário; 
- Outros candidatos com experiência comprovada no sector agrário, a serem avaliados por uma comissão para o efeito;
 
6.Documentos de Candidatura
 
No acto de candidatura deve  apresentar-se os seguintes documentos:
- Ficha de candidatura (a ser obtida na secretaria de mestrado da FAEF):
- Carta endereçada ao Director do Curso indicando o ramo e a motivação:
- Certificado de habilitações de Licenciatura 
- Certificado de disciplinas feitas:
- Uma carta de recomendação académica:
 
Os candidatos devem cumprir as condições estipuladas no Regulamento dos Cursos de Pós-Graduação da UEM para admissão ao Mestrado Académico isto é, possuir nota de conclusão de licenciatura igual ou superior a 14 valores ou não inferior a 12 valores com comprovada experiência profissional de 3 anos.
Os processos de candidatura, devidamente instruídos, devem dar entrada a partir da publicação do Edital até a primeira quinzena do mês de Janeiro.
 
7.Duração do curso
 
O curso de Mestrado em Ciências Florestais tem a duração de dois anos e consiste de duas fases consecutivas, como se apresenta no Quadro 1:
Quadro 1: Estrutura e componentes do curso de mestrado em Ciências Florestais 
 
Período I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Período
I

Aquisição de conhecimentos: disciplinas obrigatórias e opcionais (55% do tempo de contacto directo)

Aquisição de capacidades: disciplinas obrigatórias comuns aos cursos (30% do tempo de contacto directo)

Estudo independente

Aplicação de conhecimentos e capacidades

Simulação de Projectos I

(15% do tempo de contacto)

II Aplicação de conhecimentos e capacidades - Dissertação/artigo científico (100% do tempo total)
8. Idioma
 
A língua oficial para o curso é a portuguesa.
 
9.Regime de estudo
 
O regime de formação é a tempo inteiro. O leccionamento das aulas obedece o calendário académico da UEM. 
 
10.Horário
 
As aulas geralmente decorrem entre as 15 e as 19 horas.
 
11.Local
 
Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Campus Universitário, Tel.(+258) 21492177/8, Extensão: 1739; Fax (+258) 21492176; Correio electrónico: dir.faef@gmail, Maputo; Moçambique.
 
12.Periodo de inscrição
 
Os processos de candidatura, devidamente instruídos, devem dar entrada a partir da data da publicação do Edital até a primeira quinzena de Janeiro.
Os resultados das candidaturas serão divulgados até duas semanas depois da submissão. 
 
13.Matrículas e Propinas
 
Inscrição: 7.000,00 (Sete mil meticais) para os dois anos.
Propinas: 9.500,00 (Nove mil e quinhentos meticais) por mês.
 
14. Contacto do Coordenador
 
Prof. Doutor Agnelo dos Milagres Fernandes - Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
 
 
15. Plano de estudos
 
Cada trimestre do curso de Mestrado em Ciências Florestais compreende um período de 11 semanas, seguidas duma semana intercalar e um quarto período de 5 semanas para as actividades de Simulação de Projectos no campo. O primeiro ano do curso conta igualmente com uma disciplina de seminários consistindo de um grupo de temas com vista a conferir aos estudantes as competências genéricas do curso assim como tópicos especiais da área que, pela sua dinâmica, deverão ser definidos e aprovados pelo conselho de gestão do curso antes do início do ano lectivo. A 1ª fase corresponde a 60 créditos. O segundo ano compreende actividades de investigação e redacção da dissertação/artigo científico, culminando com a apresentação e defesa da dissertação correspondente a 60 créditos. As componentes do curso são esquematizadas no quadro 2.
 
 
 
 
 
 
Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Disciplina Específica 04
Disciplina Específica 05 Opcional I 04
Disciplina Específica 04 Opcional II 04
Disciplina Específica 04 Seminários III 03
Seminários I 01 Simulação de Projectos 09
Disciplina Específica 04    
Disciplina Específica 04    
Estatística Aplicada 05    
Seminários II 01    
Subtotal 36 Subtotal 24
 
  Módulo CR
II Dissertação 60
Total do Curso 120
 
 
Com excepção de “Simulação de Projectos I ” e “Métodos de Investigação Científica”, todas as disciplinas são leccionadas num período de 11 semanas.
Ramos do Mestrado em Ciências Florestais
 
Além de conhecimentos gerais e para assegurar aquisição de conhecimento específicos no domínio florestal são considerados as seguintes áreas de especialização designados de Ramos:
- Silvicultura
- Economia e Maneio Florestal
 
Ramo de Silvicultura
 
Objectivo Geral 
- Formar especialistas em plantações florestais e maneio de florestas naturais, tendo em conta a dimensão económica, social e ambiental.
 
Objectivos específicos 
- Formar técnicos qualificados para o estabelecimento de plantações florestais com espécies de rápido crescimento e para conservação e maneio de florestas naturais;
- Formar técnicos qualificados para o desenvolvimento de práticas e sistemas agro-florestais;
- Treinar os candidatos para a pesquisa na área de silvicultura;
- Treinar os candidatos para a apresentação dos resultados da pesquisa em seminários e revistas científicas.
 
Competências específicas
Para além das competências gerais em Ciências Florestais, ao terminar a sua formação, o graduado na área de Silvicultura deve ainda saber:
- Explicar os princípios a observar na escolha de espécies e procedências, no estabelecimento e condução de plantações florestais com espécies exóticas e nativas;
- Explicar os conceitos e métodos de conservação e maneio de florestas naturais; 
- Descrever as técnicas e métodos de levantamento e diagnóstico de sistemas agro-florestais;
- Explicar os conceitos e métodos de protecção de plantações e florestas naturais; e
- Compreender o quadro legal florestal, nacional, regional e global.
 
Competência do saber fazer:
- Planificar, executar e controlar processos de produção de sementes e plantas de espécies nativas e exóticas;
- Planificar, executar e controlar projectos de estabelecimento, condução e maneio de plantações florestais;
- Planificar, executar e controlar projectos de maneio e uso sustentável de florestas nativas;
- Planificar, executar e controlar projectos agro-florestais;
- Planificar, executar e controlar projectos de protecção florestal;
- Identificar, avaliar, monitorar e mitigar efeitos ambientais de plantações florestais e florestas naturais;
 
Plano de Estudo do Ramo de Silvicultura
 
Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Sistemas Agro-Florestais 04
Maneio de Pragas e Doenças Florestais 05 Opcional I 04
Ecologia Florestal Aplicada 04 Opcional II 04
Maneio de Florestas Naturais 04 Seminários III 03
Seminários I 01 Simulação de Projectos 09
Plantações Florestais 04    
Silvicultura Tropical 04    
Estatística Aplicada 05    
Seminários II 01    
Subtotal 36 Subtotal 24
 
  Módulo CR
II Dissertação 60
Total do Curso 120
 
Ramo de Economia e Maneio Florestal
 
Objectivo
O objectivo do curso é de formar profissionais com capacidade de gerir empreendimentos económicos florestais e manejar florestas plantadas e naturais com ferramentas apropriadas de modo a obter rendimentos máximos e sustentáveis.
 
Competências específicas
Para além das competências gerais o graduado em Ciências Florestais, ao terminar a sua formação, o graduado na área de Economia e Maneio Florestal deve ainda saber:
- Descrever os métodos quantitativos usados na avaliação dos recursos florestais;
- Explicar as teorias e métodos para a planificação e avaliação de empreendimentos florestais;
- Explicar os métodos para analisar o mercado de produtos agrários; e
- Explicar os fundamentos da ecologia e produção sustentável florestal em plantações e florestas naturais tropicais.
 
O graduado deve igualmente possuir as seguintes competência do saber fazer:
- Organizar, integrar recursos financeiros, materiais e humanos em empreendimentos florestais;
- Planificar, executar e controlar levantamentos, quantitativos e qualitativos, dos recursos florestais madeireiros e não madeireiros;
- Realizar estudos de viabilidade técnica e financeira de projectos florestais;
- Desenvolver planos operativos de trabalho;
- Desenvolver estudos de mercado e valorização de produtos florestais madeireiros e não madeireiros;
- Gerir e administrar empresas florestais e organismos públicos; e
- Elaborar planos de maneio para a gestão de áreas de produção florestal 
 
Plano de Estudos do Ramo de Economia e Maneio Florestal 
 
Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Planeamento da Empresa Florestal 04
Teledetcção e SIG 05 Opcional I 04
Ecologia Florestal Aplicada 04 Opcional II 04
Maneio de Florestas Naturais 04 Seminários III 03
Seminários I 01 Simulação de Projectos 09
Simulação e Maneio de Povoamentos 04    
Planificação de Projectos de Inventários Florestais 04    
Estatística Aplicada 05    
Seminários II 01    
Subtotal 36 Subtotal 24
 
  Módulo CR
II Dissertação 60
Total do Curso 120
 
 
 
16. Grupo de Professores
 
Item Professor Categoria  Área de Formação  Instituição 
01 Agnelo Fernandes Prof. Auxiliar Eng. Florestal UEM
02  Almeida Sitoe Professor Catedrático Eng. Florestal  UEM 
03  Bernard Guedes Assistente  Eng. Florestal  UEM 
04 Emílio Tostão Prof. Associado Economia Agrária UEM
05 Hélder Zavale Prof. Auxiliar Economia Agrária UEM
06 Mário Paulo Falcão Prof. Auxiliar Eng. Florestal UEM
07 Rosta Mate Assistente Eng. Florestal UEM
08  Tarquinio Magalhães Prof. Auxiliar  Eng. Florestal  UEM 

Mestrado em Tecnologia e Utilização da Madeira

Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
 
Mestrado em Técnicas de Utilização da Madeira
 
 
 
1.Apresentação do Curso
 
Introdução
 
Não obstante o desenvolvimento alcançado na época contemporânea, a madeira continua sendo um produto muito apreciado não só pelas suas características que a tornam insubstituível para certos usos, como também por tartar-se de um produto multifunctional e que se obtem de fontes de matéria prima renovável. Com o crescimento contínuo da população e a consequente procura de habitação e outras necessidades, tanto a nível nacional como internacional, espera-se um aumento da procura de produtos de madeira e seus derivados nos próximos anos.
Para fazer face a esta situação, o país conta com uma enorme área florestal cujo corte  admissível é estimado em 520 a 640 mil metros cúbicos de madeira por ano. Adicionalmente, o governo tem incentivado o investimento em plantações florestais, o que resultou num incremento considerável de áreas de floresta plantada nos últimos 10 anos. De 2005 a 2010 foram reflorestadas 46 000 ha com espécies de rápido crescimento e mais de 500 mil hectares foram atribuídos a diferentes empresas para o estabelecimento de novas plantações com a finalidade de produção de madeira. Contudo, vários desafios são colocados ao sector madeireiro em Moçambique, sendo de destacar:
Apesar do enorme potencial madeireiro da floresta natural, existe grande pressão sobre apenas poucas espécies, em detrimento de outras, sendo a principal razão o limitado conhecimento das suas propriedades e/ou a difícil trabalhabilidade de muitas delas ao usar as práticas tradicionais
Apesar do vasto conhecimento existente a nível internacional sobre plantações florestais, o país carece de conhecimentos específicos sobre as espécies plantadas tendo em conta as condições ecológicas locais; esse conhecimento é crucial para a utilização sustentável deste recurso
 
A formação de pessoal especializado na área de tecnologia e utilização da madeira com uma forte componente de pesquisa pode contribuir para a solução dos desafios supracitados.
 
 
2.Objectivos
 
Objectivo geral
 
Tecnologia e Utilização da Madeira é um curso da área das engenharias que tem como objectivo geral formar graduados competentes na aplicação de tecnologias de produção, gestão de processos produtivos, e na definição de estratégias de utilização sustentável de diferentes produtos na base de madeira, assim como na condução de investigação científica sobre produção e utilização de produtos de madeira e seus derivados.
 Objectivos específicos
 
São objectivos específicos do curso de mestrado em Tecnologia e Utilização da Madeira proporcionar aos graduados conhecimento e habilidades  para:
 
- Aplicar os fundamentos de produção e desenvolvimento sustentável florestal, tendo em conta a dimensão económica e ambiental;
- Desenhar, conduzir, analisar e reportar pesquisas florestais; 
- Aplicar tecnologias de produção florestal; 
- Gerir processos produtivos;
- Desenhar, executar, monitorar e avaliar projectos de desenvolvimento de produtos florestais e processamento da madeira; e
- Comunicar e liderar equipes de trabalho.
 
3.Competências específicas
 
As competências específicas são relativas ao conhecimento, habilidades e atitudes específicas que serão adquiridas ao longo do curso e são compostas por competências do saber, do saber fazer e ser.
 
3.1.Nas competências do saber o graduado deve:
- Descrever as características anatómicas e propriedades da madeira;
- Explicar os aspectos técnicos de elaboração mecânica de madeira;
- Explicar os princípios de desenho de elementos estruturais, produtos “engenheirados”, móveis e produtos artísticos de madeira;
- Explicar os fundamentos técnicos dos processos de produção de diferentes produtos “engenheirados” de madeira;
- Explicar a teoria e os princípios de secagem de madeira;
- Definir os fundamentos da biodegradação e preservação da madeira;
- Explicar a teoria e mecanismos de adesão;
- Explicar os princípios de gestão empresarial e ambiental; e
- Explicar os princípios de planeamento de processos de produção.
 
3.2.Nas competências do saber fazer o graduado deve:
- Descrever as características da madeira e suas propriedades;
- Aplicar correctamente as tecnologias de elaboração mecânica da madeira;
- Aplicar correctamente as tecnologias de secagem e preservação da madeira;
- Aplicar e usar correctamente as tecnologias avançadas de transformação de produtos florestais;
- Pesquisar e conceber desenhos contemporâneos de produtos na base de madeira;
- Aplicar medidas com vista à utilização económica e ambientalmente sustentável dos produtos madeireiros; 
- Aplicar estratégias de marketing de produtos na base de madeira; e
-Pesquisar, planificar, executar e controlar projectos de transformação de produtos florestais, especialmente de espécies madeireiras secundarizadas e desconhecidas no mercado.
 
4. Perfil ocupacional do graduado
 
Para além de adquirir as competências específicas, o graduado do curso de mestrado em Tecnologia e Utilização da Madeira deve ser:
- Empenhado e consciente sobre a sua profissão nas condições de desenvolvimento de Moçambique;
- Idóneo, assume as suas responsabilidades com profissionalismo e procura incutir o mesmo aos seus colaboradores;
- Idóneo para trabalhar em equipa e individualmente, para diagnosticar problemas, monitorar as actividades e propor soluções aos problemas diagnosticados;
- Capaz de assumir responsabilidades de forma a contribuir para os conhecimentos e as práticas profissionais e/ou rever o desempenho estratégico de equipas;
- Capaz de dinamizar e servir de modelo aos que o rodeiam;
- Empreendedor, criativo e inovador na sua área de actuação e procurar melhorar as condições de trabalho;
- Profissional que se guia por interesse genuíno de melhorar o bem-estar das comunidades;
- Cortês e respeitador da ética profissional;
- Profissional exemplar com um profundo sentido prático e de intransigência pelo uso racional dos recursos (naturais e materiais da sua unidade de produção);
- Flexível na adaptação à evolução tecnológica na sua área de trabalho;
- Interessado por uma aprendizagem continua; e
- Agente exemplar na luta por preservar a natureza e incentivar um desenvolvimento sustentável.
 
5. Público  - alvo
 
- Licenciatura em Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Engenharia Agronómica, licenciatura em Física, Química, Biologia, Arquitectura e outras áreas relacionadas. 
 
6. Documentos de candidatura
 
No acto de candidatura deve  apresentar-se os seguintes documentos:
- Ficha de candidatura (a ser obtida na secretaria de mestrado da FAEF):
- Carta endereçada ao Director do Curso indicando o ramo e a motivação:
- Certificado de habilitações de Licenciatura 
- Certificado de disciplinas feitas:
- Uma carta de recomendação académica:
 
Os candidatos devem cumprir as condições estipuladas no Regulamento dos Cursos de Pós-Graduação da UEM para admissão ao Mestrado Académico isto é, possuir nota de conclusão de licenciatura igual ou superior a 14 valores ou não inferior a 12 valores com comprovada experiência profissional de 3 anos.
Os processos de candidatura, devidamente instruídos, devem dar entrada a partir da publicação do Edital até a primeira quinzena do mês de Janeiro.
 
7. Duração do curso
 
O curso de Mestrado em Tecnologia e Utilização da Madeira tem a duração de dois anos e consiste de duas fases consecutivas, como se apresenta no Quadro 1:
 
Quadro 1: Estrutura e componentes do curso de Mestrado em Tecnologia e Utilização da Madeira
 
I Período I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Período
I

Aquisição de conhecimentos: disciplinas obrigatórias e opcionais (66% do tempo de contacto directo)

Aquisição de capacidades: disciplinas obrigatórias comuns aos cursos (22% do tempo de contacto directo)

Estudo independente

Aplicação de conhecimentos e capacidades

Simulação de Projectos

(12% do tempo de contacto)

II Aplicação de conhecimentos e capacidades - Dissertação/artigo científico (100% do tempo total)
 
8.Idioma
 
A língua oficial para o curso é a portuguesa.
 
9.Regime de estudo
 
O regime de formação é a tempo inteiro. O leccionamento das aulas obedece o calendário académico da UEM. 
 
10.Horário
 
As aulas decorrem entre as 15 e as 19 horas a partir de Fevereiro de 2018.
 
11.Local 
 
Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Campus Universitário, Tel.(+258) 21492177/8, Extensão: 1739; Fax (+258) 21492176; Correio electrónico: dir.faef@gmail, Maputo; Moçambique.
 
12.Periodo de inscrição
 
Os processos de candidatura, devidamente instruídos, devem dar entrada a partir da publicação do Edital até a primeira quinzena do mês de Janeiro.
Os resultados das candidaturas serão divulgados até duas semanas depois da submissão. 
 
13.Matrículas e Propinas
 
Inscrição: 7.000,00 (Sete mil meticais) para os dois anos.
Propinas: 9.500,00 (Nove mil e quinhentos meticais) por mês.
 
14. Contacto do Director do Curso
 
Prof. Doutor Andrade Fernando Egas - Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
 
15. Plano de estudo
 
Cada trimestre do curso de Mestrado em Tecnologia e Utilização da Madeira compreende um período de 11 semanas, seguidas duma semana intercalar e um quarto período de 5 semanas para as actividades de Simulação de Projectos no campo. O primeiro ano do curso conta igualmente com uma disciplina de seminários consistindo de um grupo de temas com vista a conferir aos estudantes as competências genéricas do curso assim como tópicos especiais da área que, pela sua dinâmica, deverão ser definidos e aprovados pelo conselho de gestão do curso antes do início do ano lectivo. A 1ª fase corresponde a 60 créditos. O segundo ano compreende actividades de investigação e redacção da dissertação/artigo científico, culminando com a apresentação e defesa da dissertação correspondente a 60 créditos.
 
O plano de estudo do curso de Mestrado em Tecnologia e Utilização da Madeira é apresentado no quadro2.
 
Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Gestão Empresarial 04
Anatomia, Propriedades e Utilização da Madeira 06 Opcional I 04
Maneio de Florestas Naturais 03 Opcional II 04
Processamento Mecânico de Madeira 05 Seminários de Tecnologia da Madeira III 01
Seminários de Tecnologia da Madeira I 01 Simulação de Projectos 07
Secagem e Preservação de Madeira 05    
Concepção e Projectos em Madeira 06    
Estatística Aplicada 05    
Seminários de tecnologia da Madeira II 01    
Subtotal 40 Subtotal 20
 
  Módulo CR
I Dissertação 60
Total do Curso 120
 
Com excepção de “Simulação de Projectos I ” e “Métodos de Investigação Científica”, todas as disciplinas são leccionadas num período de 11 semanas.
Ramos do Mestrado em Ciências Florestais
 
Além de conhecimentos gerais e para assegurar aquisição de conhecimento específicos no domínio florestal são considerados as seguintes áreas de especialização designados de Ramos:
- Silvicultura
- Economia e Maneio Florestal
 
Ramo de Silvicultura
 
Objectivo Geral 
- Formar especialistas em plantações florestais e maneio de florestas naturais, tendo em conta a dimensão económica, social e ambiental.
 
Objectivos específicos 
- Formar técnicos qualificados para o estabelecimento de plantações florestais com espécies de rápido crescimento e para conservação e maneio de florestas naturais;
- Formar técnicos qualificados para o desenvolvimento de práticas e sistemas agro-florestais;
- Treinar os candidatos para a pesquisa na área de silvicultura;
- Treinar os candidatos para a apresentação dos resultados da pesquisa em seminários e revistas científicas.
 
Competências específicas
Para além das competências gerais em Ciências Florestais, ao terminar a sua formação, o graduado na área de Silvicultura deve ainda saber:
- Explicar os princípios a observar na escolha de espécies e procedências, no estabelecimento e condução de plantações florestais com espécies exóticas e nativas;
- Explicar os conceitos e métodos de conservação e maneio de florestas naturais; 
- Descrever as técnicas e métodos de levantamento e diagnóstico de sistemas agro-florestais;
- Explicar os conceitos e métodos de protecção de plantações e florestas naturais; e
- Compreender o quadro legal florestal, nacional, regional e global.
 
Competência do saber fazer:
- Planificar, executar e controlar processos de produção de sementes e plantas de espécies nativas e exóticas;
- Planificar, executar e controlar projectos de estabelecimento, condução e maneio de plantações florestais;
- Planificar, executar e controlar projectos de maneio e uso sustentável de florestas nativas;
- Planificar, executar e controlar projectos agro-florestais;
- Planificar, executar e controlar projectos de protecção florestal;
- Identificar, avaliar, monitorar e mitigar efeitos ambientais de plantações florestais e florestas naturais;
 
Plano de Estudos do Ramo de Silvicultura
 
Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Sistemas Agro-Florestais 04
Maneio de Pragas e Doenças Florestais 05 Opcional I 04
Ecologia Florestal Aplicada 04 Opcional II 04
Maneio de Florestas Naturais 04 Seminários III 03
Seminários I 01 Simulação de Projectos 09
Plantações Florestais 04    
Silvicultura 04    
Estatística Aplicada 05    
Seminário II 01    
Subtotal 36 Subtotal 24
 
  Módulo CR
I Dissertação 60
Total do Curso 120
 
Ramo de Economia e Maneio Florestal
 
Objectivo
 
O objectivo do curso é de formar profissionais com capacidade de gerir empreendimentos económicos florestais e manejar florestas plantadas e naturais com ferramentas apropriadas de modo a obter rendimentos máximos e sustentáveis.
 
Competências específicas
 
Para além das competências gerais o graduado em Ciências Florestais, ao terminar a sua formação, o graduado na área de Economia e Maneio Florestal deve ainda saber:
- Descrever os métodos quantitativos usados na avaliação dos recursos florestais;
- Explicar as teorias e métodos para a planificação e avaliação de empreendimentos florestais;
- Explicar os métodos para analisar o mercado de produtos agrários; e
- Explicar os fundamentos da ecologia e produção sustentável florestal em plantações e florestas naturais tropicais.
 
O graduado deve igualmente possuir as seguintes competência do saber fazer:
- Organizar, integrar recursos financeiros, materiais e humanos em empreendimentos florestais;
- Planificar, executar e controlar levantamentos, quantitativos e qualitativos, dos recursos florestais madeireiros e não madeireiros;
- Realizar estudos de viabilidade técnica e financeira de projectos florestais;
- Desenvolver planos operativos de trabalho;
- Desenvolver estudos de mercado e valorização de produtos florestais madeireiros e não madeireiros;
- Gerir e administrar empresas florestais e organismos públicos; e
- Elaborar planos de maneio para a gestão de áreas de produção florestal 
 
Plano de Estudos do Ramo de Economia e Maneio Florestal
 
Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo  CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Planeamento da Empresa Florestal 04
Teledetecção e SIG 05 Opcional I 04
Ecologia Florestal Aplicada 04 Opcional II 04
Maneio de Florestas Naturais 04 Seminários III 03
Seminários I 01 Simulação de Projectos 09
Simulação e Maneio de Povoamentos 04    
Planificação de Projectos de Inventários Florestais 04    
Estatística Aplicada 05    
Seminários II 01    
Subtotal 36 Subtotal 24
 
  Módulo CR
  Dissertação 60
Total do Curso 120
 
 
16. Grupo de Professores
 
Item Professor Categoria

Área de Formação

Instituição
01 Almeida Sitoe Professor Catedrático Eng. Florestal UEM
02 Andrade Egas Prof. Associado Tecnologia de Madeira UEM
03 Carlos Alberto Cuvilas Prof. Auxiliar Tecnologia de Madeira UEM
04 Domingos Cugala Prof. Associado Protecção Vegetal UEM
05 Emílio Tostão Prof. Associado Economia Agrária UEM
06 Ernesto Uetimane Júnior Prof. Auxiliar Tecnologia de Madeira UEM
07 Hélder Zavale Prof. Auxiliar Economia Agrária UEM
08 Inácio Arnaldo Lhate Prof. Auxiliar Tecnologia de Madeira UEM
09 Inácio Maposse Prof. Associado Produção Vegetal UEM
10 Luís Miguel Cristóvão Prof. Auxiliar Tecnologia de Madeira UNIZAMBEZE
11 Narcisio Bila Assistente Eng. Florestal UEM
12 Rosta Mate Assistente Eng. Florestal UEM
 
 
 

Mestrado em Economia Agrária

Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
 
Mestrado em Economia Agrária
 
 
1.Apresentação do Curso
 
Introdução
 
A maior parte dos indicadores económicos sugerem que Moçambique é um país pobre. A mal nutrição assola cerca de 40% das crianças, e um pouco mais de metade da população Moçambicana vive abaixo da linha da pobreza. Assim, a redução da pobreza é fundamental para melhorar as condições de vida da população. A agricultura continua a ser um sector chave na economia Moçambicana. A maior parte da população, incluindo os pobres, vive nas zonas rurais e depende da agricultura para alimentação, emprego, e renda monetária. Além disso, a agricultura contribui com cerca de 25% do produto nacional bruto.  
Moçambique tem recursos naturais e populacionais os quais proporcionam uma vantagem económica absoluta na agricultura. Contudo, para que os recursos naturais possam contribuir para o desenvolvimento de Moçambique, as vantagens absolutas devem ser transformadas em vantagens económicas comparativas, através de uma maior integração entre os diversos sectores produtivos da economia nacional, e entre os sectores nacionais e regionais. Adicionalmente, o uso eficiente dos recursos deve ser feito de forma a proporcionar um crescimento económico que se traduz em desenvolvimento rural. Desenvolvimento rural é um processo de transformação que resulta na melhoria das condições de trabalho, saúde, educação, poder de compra, participação na tomada de decisão, e lazer de indivíduos que vivem numa comunidade rural.
Essa transformação rural passa pela existência de uma economia rural dinâmica, com mercados rurais (de crédito, seguros, trabalho, e produtos e insumos agrários) que induzem os produtores a especializarem-se em actividades produtivas que lhes conferem vantagens económicas comparativas. O processo de desenvolvimento rural pressupõe a existência de actores com capacidade de promover a ligação e interacção vantajosa dos diversos sectores e actores económicos, que resultem no uso eficiente dos recursos produtivos e criação de oportunidades de negócio. Parte deste conhecimento é objecto das disciplinas do curso de Economia Agrária (segundo ciclo) a ser leccionado na Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da Universidade Eduardo Mondlane.
Portanto, o curso de Mestrado em Economia Agrária surge como resposta à demanda nacional e particularmente do sector agrário, de especialistas na área de economia agrária e responde ao objectivo central do governo de combater a pobreza e promover o desenvolvimento rural em Moçambique, e enquadra-se no processo de reforma curricular na UEM. O curso de mestrado em Economia Agrária está harmonizado com os instrumentos do desenvolvimento do país tais como o Plano estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrário (PEDSA) e o Plano Operativo do Desenvolvimento Agrário (PODA). O curso de Mestrado em Economia Agrária é um curso aplicado, que oferece especialização em Economia Agrária. Especificamente, o curso tem quatro ramos a saber: (i) Agronegócios, (ii) Análise de Políticas e Desenvolvimento Agrário, (iii) Mercados Agrários e (iv) Economia dos Recursos Naturais. Estas orientações estão desenhadas a complementarem-se no sentido do desenvolvimento e implementação de cadeia de valores de valores de produtos agrários com vista a proporcionar a comercialização dos produtos agrários nacionais nos mercados domésticos, regional e internacional. 
 
2.Objectivos
 
Geral
 
O objectivo geral do Curso do Mestrado em Economia Agrária é preparar profissionais inovativos, proactivos, e auto confiantes na identificação e resolução de problemas concretos do desenvolvimento da agricultura e das comunidades rurais a nível nacional e regional com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento rural em Moçambique. 
 
Objectivos Específicos
 
1)Desenvolver no graduado capacidades de avaliar, aplicar e analisar de forma crítica as diferentes técnicas para resolver problemas na área de economia agrária;
2)Dotar o graduado de capacidades de criar o auto-emprego e trabalhar com outros agentes no país, na região e no mundo em geral; e
3)Capacitar o graduado na gestão dos empreendimentos agrários nas condições de riscos.
 
3.Competências especificas 
 
As competências genéricas referem-se às capacidades que são necessárias em todos os domínios de conteúdo e podem ser utilizadas em situações profissionais novas. Estas competências são por causa da sua transmissibilidade, o conjunto básico de capacidades para a vida quotidiana, dentro e fora da profissão.
As competências específicas relativas ao conhecimento, habilidades e atitudes específicas que serão adquiridas ao longo do curso e são compostas por competências do saber, saber fazer e ser como se descreve de seguida. 
 
3.1.Nas competências do saber o graduado deve:
- Explicar a teoria económica;
- Descrever os métodos de investigação;
- Descrever os métodos quantitativos usados na agricultura;
- Compreender o ambiente envolvente no sector agrário;
- Explicar as teorias e métodos para a planificação e avaliação de projectos agrários;
- Explicar as políticas agrárias vigentes em Moçambique;
- Descrever os procedimentos e métodos de desenho e avaliação de políticas agrárias; e
- Descrever os métodos para analisar o mercado de produtos agrários.
 
3.2.Nas competências do saber fazer o graduado deve:
- Avaliar e executar diferentes alternativas de comercialização dos produtos agrários; 
- Gerir a produção, negócios agrários, recursos humanos, materiais e financeiros;
- Planificar e implementar actividades agrárias;
- Avaliar e escolher alternativas de produção e negócios agrários tendo em conta os factores limitantes associados ao processo de produção;
- Elaborar, executar e avaliar alternativas económicas e financeiras de uma exploração familiar, empresarial, e cooperativa;
- Avaliar a estrutura, conduta e desempenho dos mercados agrários;
- Analisar e interpretar os sinais de mercados de produtos e factores de produção ao nível local, nacional, regional e internacional;
- Adaptar as tecnologias ao contexto local e promover a sua adopção;
- Organizar a gestão de recursos naturais e do ambiente; e
- Processar, formular, monitorar e avaliar as políticas agrárias.
 
4.Perfil ocupacional do graduado
 
O Mestre em Economia Agrária está capacitado a trabalhar nos seguintes sectores:
- Instituições do ensino superior; 
- Instituições de investigação agrária;
- Instituições governamentais (Ministério da Agricultura, Finanças, Desenvolvimento, Comércio, etc.);
- Instituições financeiras (bancos, micro bancos, etc.);
- Empresas privadas; e
- Organizações não governamentais.
 
5.Público-alvo
 
- Licenciados em cursos de áreas agrárias, económicas, gestão, administração e outras áreas afins;
- Licenciados em cursos de áreas afins as áreas descritas acima; 
- Outros candidatos com experiência comprovada no sector agrário, a serem avaliados por uma comissão para o efeito;
 
6.Documentos de Candidatura
 
No acto de candidatura deve  apresentar-se os seguintes documentos:
- Ficha de candidatura (a ser obtida na secretaria de mestrado da FAEF):
- Carta endereçada ao Director do Curso indicando o ramo e a motivação:
- Certificado de habilitações de Licenciatura 
- Certificado de disciplinas feitas:
- Uma carta de recomendação académica:
 
Os candidatos devem cumprir as condições estipuladas no Regulamento dos Cursos de Pós-Graduação da UEM para admissão ao Mestrado Académico isto é, possuir nota de conclusão de licenciatura igual ou superior a 14 valores ou não inferior a 12 valores com comprovada experiência profissional de 3 anos.
Os processos de candidatura, devidamente instruídos, devem dar entrada a partir da publicação do Edital até a primeira quinzena do mês de Janeiro.
 
7.Duração do curso
 
O curso de Mestrado em Economia Agrária tem a duração de dois anos e consiste de duas fases consecutivas, como se apresenta no Quadro 1:
 
Quadro 1: Estrutura e componentes do curso de mestrado em Economia Agrária
 
Período I Trimestre II Trimestre III Trimestre  IV Período
I

Aquisição de conhecimentos: disciplinas obrigatórias e opcionais (55% do tempo de contacto directo)

Aquisição de capacidades: disciplinas obrigatórias comuns aos cursos (30% do tempo de contacto directo)

Estudo independente

Aplicação de conhecimentos e capacidades

Simulação de projectos I (15% do tempo de contacto)

II Aplicação de conhecimentos e capacidades - Dissertação/artigo científico (100% do tempo total
 
8. Idioma
 
A língua oficial para o curso é a portuguesa.
 
9.Regime de estudo
 
O regime de formação é a tempo inteiro. O leccionamento das aulas obedece o calendário académico da UEM. 
 
10.Horário
 
As aulas geralmente decorrem entre as 15 e as 19 horas.
 
11.Local 
 
Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Campus Universitário, Tel.(+258) 21492177/8, Extensão: 1739; Fax (+258) 21492176; Correio electrónico: dir.faef@gmail, Maputo; Moçambique.
 
12.Periodo de inscrição
 
Os processos de candidatura, devidamente instruídos, devem dar entrada a partir da publicação do Edital até a primeira quinzena do mês de Janeiro.
Os resultados das candidaturas serão divulgados até duas semanas depois da submissão. 
 
13.Matrículas e Propinas
 
Inscrição: 7.000,00 (Sete mil meticais) para os dois anos.
Propinas: 9.500,00 (Nove mil e quinhentos meticais) por mês.
 
14. Contacto do Director do Curso
 
Prof. Doutor João Enganado Mutondo –  Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
 
15.Plano de estudo
 
Cada trimestre do curso de Mestrado em Economia Agrária compreende dois períodos de 11 semanas, separadas de uma semana intercalar. O primeiro ano do curso conta igualmente com uma disciplina de seminários consistindo de um grupo de temas com vista a conferir aos estudantes as competências genéricas do curso assim como tópicos especiais da área que, pela sua dinâmica, deverão ser definidos e aprovados pelo conselho de gestão do curso antes do início do ano lectivo. A 1ª fase do curso corresponde a 60 créditos. Dado que o desenvolvimento do sector agrário tem sido feito actualmente usando o modelo de cadeia de valores, a formação de quadros na área agrária e em especial em economia agrária deve responder esta nova abordagem. Assim, o curso de economia agrária divide-se em quatro ramos fundamentais para o desenvolvimento de cadeia de valores no sector agrário a saber: (i) Agronegócios, (ii) Análise de Políticas e Desenvolvimento Agrário, (iii) Mercados Agrários e (iv) Economia dos Recursos Naturais. Os quatro ramos tem um tronco comum que aprofunda o conhecimento da teoria económica e métodos quantitativos e os respectivos ramos aprofundam os conhecimentos específicos nas disciplinas subsequentes. As actividades de investigação e redacção da dissertação, culminando com a apresentação e defesa da dissertação correspondente a 60 créditos. Os tópicos das dissertações são específicos para cada ramo. Os quadros 2-5 abaixo apresentam os planos dos estudos dos quatro ramos.
 
Quadro 2: Planos de Estudo do Ramo Agronegócios
 
Ano  I Semestre  II Semestre 
Módulo CR Módulo CR
 I Métodos de Investigação Científica 08 Gestão de Operações de Agronegócios 04
Microeconomia 04 Econometria 05
Macroeconomia 04  Opcional II 04 
Opcional I 04   Seminários III 03
 Análise Finaceira e de Risco 04   Simulação de Projectos 09 
 Gestão de Agronegócios 04     
 Estatística Aplicada 05     
 Seminários II 01     
 Subtotal 35  Subtotal  25
     
     Módulo CR 
 II

   Dissertação

60 
    Total do Curso 120 

 

Quadro 3: Plano de Estudos do Ramo de análise de Políticas e de Desenvolvimento Agrário

Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Análise Quantitativa de Políticas Agrárias 04
Microeconomia 04 Econometria 05
Macroeconomia 04 Opcional II 04
Opcional I 04 Seminários III 03
Seminários I 01 Simulação de Projectos 09
Economia de desenvolvimento 04    
Análise de Políticas Agrárias e Alimentares 04    
Estatística Aplicada 05    
Seminários II 01    
Subtotal 35 Subtotal 25
 
  Módulo CR
II Dissertação 60
Total do Curso 120

 

Quadro 4: Plano de Estudos do Ramo de Mercados Agrários

Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Análise de Preços de Produtos Agrários 04
Microeconomia 04 Econometria 05
Macroeconomia 04 Opcional II 04
Opcional I 04 Seminários III 03
Seminários I 01 Simulação de Projectos 09
Comércio Internacional 04    
Comercialização Agrária 04    
Estatística Agrária 05    
Seminários II 01    
Subtotal 35 Subtotal 25
 
  Módulo CR
II Dissertação 60
Total do Curso 120

 

Quadro 5: Plano de Estudos do ramo de Economia dos Recursos Naturais

Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Métodos Quantitativos na Economia Ambiental 04
Microeconomia 04 Econometria 05
Macroeconomia 04 Opcional II 04
Opcional I 04 Seminários III 03
Seminários I 01 Simulação de Projectos 09
Economia dos Recursos Naturais 04    
Economia e Governação da Agua 04    
Estatística Aplicada 05    
Seminários I 01    
Subtotal 35 Subtotal 25
 
  Módulo CR
II Dissertação 60
Total do Curso 120

 

16. Grupo de Professores

Item Professor Categoria Área de Formação Instituição
01 dDomingos Cugala Prof. Associado Protecção Vegetal UEM
02 Emílio Tostão Prof. Associado Economia Agrária UEM
03 Faizal Carsane Prof. Auxiliar Economia Agrária UEM
04 Hélder Zavale Prof. Auxiliar  Economia Agrária UEM
05 Inácio Maposse Prof. Associado Produção Vegetal UEM
06 João Mutondo Prof. Associado Economia Agrária UEM
07 Manuela Sylivestre Prof. Associado Economia Agrária UEM
08 Mário Paulo Falcão Prof. Auxiliar Eng. Florestal UEM
09 Matias Farahane Prof. Auxiliar Economia Agrária UEM
10 Rafael Uaiene Prof. Auxiliar Economia Agrária IIAM
11 Rosta Mate Assistente Eng. Florestal UEM

 

 

Mestrado em Produção Vegetal

Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
 
Mestrado em Produção Vegetal
1.Apresentação do Curso
 
Introdução
 
Em Moçambique, a agricultura desempenha um papel bastante importante no desenvolvimento do país através da sua contribuição para o crescimento económico, melhoramento do bem-estar e redução da pobreza. A formação de técnicos agrários ao nível do mestrado em Produção Vegetal poderá contribuir significativamente para o crescimento e desenvolvimento do sector agrário porque vai equipar os técnicos com conhecimento e habilidades que vão permitir tomar decisões informadas as quais são necessárias para conduzir o sector para o crescimento e desenvolvimento. Tais profissionais serão capazes de gerar e usar tecnologias que vão contribuir para a melhoria da productividade e produção agrárias. 
A Introdução do mestrado em Produção vegetal visa responder às políticas governamentais do sector da agricultura como é o caso do Plano estratégico do desenvolvimento do sector Agrário (PEDSA) aprovado pelo governo em 2010 com o objectivo de contribuir para a segurança alimentar e a renda dos produtores agrários de maneira competitiva e sustentável garantindo a equidade social e de género, assim como pode contribuir para a materialização de dois objectivos: O primeiro objectivo visa aumentar a produção e a produtividade agrária e a sua competitividade e o objectivo 5 que visa fortalecer as instituições agrárias.
Em relação ao Objectivo 1, a implementação do programa de mestrado em Produção vegetal vai permitir equipar os técnicos de conhecimentos e habilidades as quais permitirão responder a um dos resultados esperados do plano estratégico que é de reforçar o sistema de investigação, permitindo gerar e utilizar tecnologias e práticas agrícolas avançadas de produção. Os técnicos formados nessa área irão ajudar a materializar esses resultados esperando contribuir para elevar os conhecimentos teóricos e práticos dos produtores e processadores de culturas, massificar a adopção de tecnologias com impacto no aumento da produtividade, promover a assistência técnica para a melhoria das práticas agrícolas que influenciam a produção, productividade e qualidade da produção. Em relação ao Objectivo 5, a implementação do mestrado em Produção Vegetal vai contribuir para a disponibilização de técnicos qualificados que vão contribuir para responder a um dos resultados esperados do plano que é de fortalecer as instituições agrárias em termos de recursos humanos qualificados.
 
2.Objectivos
 
Objectivo Geral
 
O Mestrado em Produção Vegetal visa formar profissionais qualificados para planear e conduzir processos de pesquisa e produção de culturas tendo em conta a sustentabilidade económica e ambiental. 
 
Objectivos Específicos
 
Especificamente o curso visa formar especialistas na área de Produção Vegetal capazes de:
1)Conceber e implementar planos de produção de culturas;
2)Identificar e desenhar soluções para os problemas relacionados com a produção e conservação de produtos agrícolas;
3)Elaborar e conduzir projectos de investigação e de desenvolvimento na área de produção agrícola; e
4)Aplicar as disposições legislativas e normativas do sector agrário no país.
 
3.Competências específicas
 
Para além das competências genéricas que conferem ao graduado capacidades necessárias em todos os domínios de conteúdo e podem ser utilizadas em situações profissionais novas, são causa da sua transmissibilidade, o conjunto básico de capacidades para a vida quotidiana, dentro e fora da profissão  existem as competências específicas que conferem ao graduado o sabe e o saber fazer, que são:
3.1.Competências do saber onde o graduado deve:
- Caracterizar as culturas (incluindo pastos e forragens) e as principais técnicas de cultivo, nas diferentes zonas agro-ecológicas;
- Descrever os aspectos ligados à produção, processamento e conservação de sementes;
- Descrever os aspectos da agricultura orgânica, de conservação e da produção de culturas emergentes; 
- Distinguir os métodos de controlo de pragas, doenças e infestantes;
- Explicar os princípios e componentes dum programa de maneio integrado de pragas, doenças e infestantes; e
- Caracterizar as técnicas de melhoramento e biotecnologia aplicada à agricultura.
 
 
3.2.Competências do saber fazer o graduado deve:
 
- Aplicar as técnicas apropriadas à produção das culturas usadas para diversas finalidades, incluindo culturas emergentes;
- Analisar um problema fitossanitário e seleccionar os métodos de controlo mais adequados;
- Elaborar um plano de maneio integrado de pragas para qualquer cultura; 
- Manejar forragens desde o estabelecimento até à administração dos animais; 
- Formular e analisar problemas de pesquisa e de produção e elaborar projectos adequados à natureza do problema;
- Conduzir a investigação para testar hipóteses ou esclarecer questões de pesquisa;
- Preparar, implementar e avaliar projectos de pesquisa;
- Usar métodos participativos nos processos de pesquisa;
- Fazer análise estatística de dados de ensaios em produção vegetal;
- Disseminar resultados de projectos de pesquisa aos produtores; e
 Gerir recursos humanos, financeiros e materiais relacionados com actividades de pesquisa e de desenvolvimento.
 
4. Perfil ocupacional do graduado
 
Ao terminar o curso de Produção Vegetal, o graduado deve ser:
- Empenhado e consciente sobre a sua profissão nas condições de desenvolvimento de Moçambique;
- Idóneo, assume as suas responsabilidades com profissionalismo e procura incutir o mesmo aos seus colaboradores;
- Idóneo para trabalhar em equipa e individualmente, para diagnosticar problemas, monitorar as actividades e propor soluções aos problemas diagnosticados;
- Capaz de assumir responsabilidades de forma a contribuir para os conhecimentos e as práticas profissionais e/ou rever o desempenho estratégico de equipas;
- Capaz de dinamizar e servir de modelo aos que o rodeiam;
- Empreendedor, criativo e inovador na sua área de actuação e procurar melhorar as condições de trabalho;
- Profissional que se guia por interesse genuíno de melhorar o bem estar das comunidades;
- Cortês e respeitador da ética profissional;
- Profissional exemplar com um profundo sentido prático e de intransigência pelo uso racional dos recursos (naturais e materiais da sua unidade de produção);
- Flexível na adaptação à evolução tecnológica na sua área de trabalho;
- Interessado por uma aprendizagem continua; e
- Agente exemplar na luta por preservar a natureza e incentivar um desenvolvimento sustentável.
 
5. Público Alvo
 
- Licenciados em cursos de áreas agrárias;
- Licenciados em cursos de áreas afins ao sector agrário; 
- Outros candidatos com experiência comprovada no sector agrário, a serem avaliados por uma comissão para o efeito;
 
6. Documentos de candidatura
 
No acto de candidatura deve  apresentar-se os seguintes documentos:
- Ficha de candidatura (a ser obtida na secretaria de mestrado da FAEF):
- Carta endereçada ao Director do Curso indicando o ramo e a motivação:
- Certificado de habilitações de Licenciatura 
- Certificado de disciplinas feitas:
- Uma carta de recomendação académica:
 
Os candidatos devem cumprir as condições estipuladas no Regulamento dos Cursos de Pós-Graduação da UEM para admissão ao Mestrado Académico isto é, possuir nota de conclusão de licenciatura igual ou superior a 14 valores ou não inferior a 12 valores com comprovada experiência profissional de 3 anos.
Os processos de candidatura, devidamente instruídos, devem dar entrada a partir da publicação do Edital até a primeira quinzena do mês de Janeiro.
 
7. Duração do curso
 
O curso de Mestrado em Produção Vegetal tem a duração de dois anos e consiste de duas fases consecutivas, distribuídas da seguinte forma: 
 
Quadro 1: Estrutura e componentes do curso de mestrado em Produção Vegetal
 
 
I Período I Semestre II Semestre
I

Aquisição de conhecimento: disciplinas nucleares e opcionais (55% do tempo de contacto)

Aquisição de capacidades: disciplinas nuncleares comuns aos cursos (30% do tempo de contacto directo)

Estudo independente

Aplicação de conhecimentos e capacidades

Simulação de projectos I

(15% do tempo de contacto

II Aplicação de conhecimentos e capacidades Dissertação/artigo científico (100% do tempo total)
 
8. Idioma 
 
A língua oficial para o curso é a portuguesa.
 
9.Regime de estudo
 
O regime de formação é a tempo inteiro. O leccionamento das aulas obedece o calendário académico da UEM. 
 
10.Horário
 
As aulas geralmente decorrem entre as 15 e as 19 horas.
 
 
11.Local 
 
Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Campus Universitário, Tel.(+258) 21492177/8, Extensão: 1739; Fax (+258) 21492176; Correio electrónico: dir.faef@gmail, Maputo; Moçambique.
 
12.Periodo de inscrição
 
Os processos de candidatura, devidamente instruídos, devem dar entrada a partir da publicação do Edital até a primeira quinzena do mês de Janeiro.
Os resultados das candidaturas serão divulgados até duas semanas depois da submissão. 
 
13.Matrículas e Propinas
 
Inscrição: 7.000,00 (Sete mil meticais) para os dois anos.
Propinas: 9.500,00 (Nove mil e quinhentos meticais) por mês.
 
14. Contacto do Director do Curso
 
Prof. Doutor Inácio Calvino Maposse – Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
 
15.Plano de estudo
 
Cada trimestre do curso de Mestrado em Produção Vegetal compreende um período de 11 semanas, seguidas duma semana intercalar e um quarto período de 5 semanas para as actividades de Simulação de Projectos no campo. O primeiro ano do curso conta igualmente com uma disciplina de seminários consistindo de um grupo de temas com vista a conferir aos estudantes as competências genéricas do curso assim como tópicos especiais da área que, pela sua dinâmica, deverão ser definidos e aprovados pelo conselho de gestão do curso antes do início do ano lectivo. A 1ª fase corresponde a 60 créditos. O segundo ano compreende actividades de investigação e redacção da dissertação/artigo científico, culminando com a apresentação e defesa da dissertação correspondente a 60 créditos. 
 
 
 
 
 
Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Produção de Culturas* 04
Delineamento Experimental 05 Opcional I 04
Ecologia Agrícola 04 Opcional II 04
Agricultura Sustentável 04 Seminários III 03
Seminários I 01 Simulação de Projectos 09
Melhoramento Genético 04    
Fisiologia das Culturas 04    
Estatística Aplicada 05    
Seminários II 01    
Subtotal 36 Subtotal 24
 
  Módulo CR
II Dissertação 60
Total do Curso 120
 
*Nesta disciplina os estudantes escolhem uma das seguintes disciplinas: Culturas Alimentares e Industriais, Horticultura, Fruticultura ou Pastos e Forragens.
 
16. Grupo de Professores
 
Item Professor Categora Área de Formação Instituição
01 Almeida Sitoe Professor Catedrático Eng. Florestal UEM
02 Domingos Cugala Prof. Associado Proteção Vegetal UEM
03 Emílio Tostão Prof. Associado Economia Agrária UEM
04 Hélder Zavale Prof. Auxiliar Economia Agrária UEM
05 Hilário Magaia Prof. Auxiliar Melhoramento de Plantas UEM
06 Inácio Maposse Prof. Associado Produção Vegetal UEM
07 João Nuvunga Asistente Produção Vegetal UEM
08 Marcos Freire Assistente Produção Vegetal UEM
09 Rogério Chiulele Prof. Auxiliar Melhoramento de Plantas UEM
10 Tomás Chiconela Prof. Associado Protecção Vegetal UEM
11 Rosta Mate Assistente Eng. Florestal UEM

Mestrado em Desenvolvimento Rural

Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
 
Mestrado em Desenvolvimento Rural
 
 
 
1.Apresentação do Curso
 
Introdução
 
Moçambique continua sendo um país marcadamente rural. Mais de 80 porcento da população vive nas zonas rurais e depende sobretudo da prática da agricultura e da exploração dos recursos naturais para o seu sustento. Assim, apostar no desenvolvimento rural é apostar na melhoria de condições de vida da maior parte da população. No entanto, apesar de esforços do governo e de outros parceiros no sentido de reduzir a pobreza rural, esta continua ainda bastante alarmante. Os resultados da 4ª avaliação nacional da pobreza (MPF, 2016) mostram que 46.1 porcento da população moçambicana está abaixo da linha da pobreza sendo que maior parte dos pobres se encontram nas zonas rurais (50.1 porcento) do que nas zonas urbanas (37.4 porcentos). O relatório aponta ainda que, nos últimos 5-6 anos a redução da pobreza foi mais rápida nas zonas urbanas (redução em 9.4 porcento) do que nas zonas rurais (redução de apenas 3.7 porcentos). Assim, é pertinente que a universidade Eduardo Mondlane a maior e mais antiga universidade do país contribua, através dos seus cursos, na redução efectiva e eficaz da pobreza rural. 
 
O presente curso de mestrado em Desenvolvimento Rural, é uma das contribuições da UEM visando promover o desenvolvimento rural e, pretende formar quadros capazes de analisar os contextos rurais, sua intrínseca ligação com o contexto urbano nacional e internacional e, a partir daí conceber, implementar, gerir e avaliar programas de desenvolvimento que impulsione o desenvolvimento rural. 
O curso reconhece que o desenvolvimento rural é complexo e requer uma abordagem multi-disciplinar. Daí que, o mesmo é concebido para garantir que o graduado tenha competências de investigação, de análise de informação assim como de formular políticas, estratégias, projectos e programas visando o desenvolvimento rural. Para além disso, o curso é desenhado para que o graduado seja um indivíduo que se identifica e aprecia o contexto rural e sabe como envolver actores locais no processo de desenvolvimento. O curso inclui bastante práticas através, sobretudo da disciplina Simulação de Projectos mas também muita avaliação crítica quer através da leitura e debate do material teórico disponibilizado pelos docentes quer pela interacção com diferentes actores através de seminários. 
Dado o reconhecimento do carácter multi-disciplinar do desenvolvimento rural, o curso reserva ainda espaço, através de disciplinas opcionais, para que os estudantes possam ir buscar as disciplinas que acharem relevantes para preencherem o seu quadro de referência científico. Assim, espera-se que o presente curso produza novas dinâmicas de desenvolvimento rural através de formação de quadros analíticos, com orientação multi-disciplinar e com bastantes habilidades práticas. 
 
2.Objectivos
 
Objectivo  geral
 
O curso de mestrado em Desenvolvimento Rural tem por objectivo geral, formar quadros capazes de analisar contextos, conceber, implementar, gerir e avaliar programas de desenvolvimento rural que conduzam à melhoria do bem-estar das comunidades, contribuindo deste modo para a promoção do desenvolvimento socioeconómico do país. 
 
Objectivos Específicos
 
Constituem objectivos específicos do curso:
- Diagnosticar e compreender processos que conduzem inovação e transferências de tecnologias;
- Elaborar e implementar estratégias de comunicação para disseminação de tecnologias;
- Conceber programas de capacitação de produtores e técnicos agrários;
- Contribuir na elaboração de estratégias para o desenvolvimento agrário;
- Identificar e criar oportunidades para ‘marketing’ de produtos agrários;
- Identificar, descrever e gerir actores envolvidos nos diferentes sistemas de informação Agrária;
- Conceber, implementar e avaliar programas e projectos de Extensão Agrárias desenvolvimento rural e,
- Monitorar e avaliar processos de inovação e transformação das comunidades rurais.
 
3.Competências  específicas 
 
O pós-graduado em Desenvolvimento Rural será um profissional com capacidades e habilidades: quem compreende competências genéricas e específicas. Assim, ao terminar a sua formação, o graduado Mestrado em Desenvolvimento Rural deve conhecer as áreas de saber, saber fazer e saber ser e estar onde:
 
3.1.Nas competências do saber fazer o graduado será capaz de:
- Gerir transformações rurais;
- Planificar e implementar projectos de desenvolvimento rural;
- Apoiar, planificar, implementar e avaliar intervenções integradas;
- Traduzir políticas para programas de implementação;
- Identificar necessidades, formular o problema empírico e suas implicações teóricas;
-Colectar e analisar dados, interagir pedagogicamente com os sujeitos de estudo e disseminar os resultados. 
-Implementar investigação quantitativa e qualitativa em ciências sociais; 
 
3.2. Nas competências do saber o graduado deve: 
Para além de adquirir as competências supracitadas, o graduado do curso de Mestrado em Desenvolvimento Rural deverá ser:
- Empenhado e consciente sobre a sua profissão nas condições de desenvolvimento de Moçambique;
- Idóneo, assume as suas responsabilidades com profissionalismo e procura incutir o mesmo aos seus colaboradores;
- Idóneo para trabalhar em equipa e individualmente, para diagnosticar problemas, monitorar as actividades e propor soluções aos problemas diagnosticados;
- Capaz de assumir responsabilidades de forma a contribuir para os conhecimentos e as práticas profissionais e/ou rever o desempenho estratégico de equipas;
- Capaz de dinamizar e servir de modelo aos que o rodeiam;
- Empreendedor, criativo e inovador na sua área de actuação e procurar melhorar as condições de trabalho;
- Profissional que se guia por interesse genuíno de melhorar o bem-estar das comunidades;
- Cortês e respeitador da ética profissional;
- Profissional exemplar com um profundo sentido prático e de intransigência pelo uso racional dos recursos (naturais e materiais da sua unidade de produção);
- Flexível na adaptação à evolução tecnológica na sua área de trabalho;
- Interessado por uma aprendizagem contínua; e
- Agente exemplar na luta por preservar a natureza e incentivar um desenvolvimento sustentável.
 
4.Perfil ocupacional do graduado
 
O graduado em Desenvolvimento Rural estará habilitado para trabalhar como:
- Funcionário público virado ao desenvolvimento rural;
- Analista de políticas de desenvolvimento;
- Consultor de desenvolvimento;
- Gestor de projectos de desenvolvimento;
- Docente universitário;
- Investigador; 
- Assessor para a área de desenvolvimento rural;
- Gestor e líder de organizações nao governamentais e de movimentos sociais.
5.Público-alvo
 
Podem ser candidatos ao curso de Mestrado em Desenvolvimento Rural os seguintes:
- Licenciados em cursos de áreas agrárias;
- Licenciados em cursos de áreas afins ao sector agrário; 
- Outros candidatos com experiência comprovada no sector agrário, a serem avaliados por uma comissão para o efeito;
 
6.Documentos de candidatura
 
No acto de candidatura deve  apresentar-se os seguintes documentos:
- Ficha de candidatura (a ser obtida na secretaria de mestrado da FAEF):
- Carta endereçada ao Director do Curso indicando o ramo e a motivação:
- Certificado de habilitações de Licenciatura 
- Certificado de disciplinas feitas:
- Uma carta de recomendação académica:
 
Os candidatos devem cumprir as condições estipuladas no Regulamento dos Cursos de Pós-Graduação da UEM para admissão ao Mestrado Académico isto é, possuir nota de conclusão de licenciatura igual ou superior a 14 valores ou não inferior a 12 valores com comprovada experiência profissional de 3 anos.
Os processos de candidatura, devidamente instruídos, devem dar entrada a partir da publicação do Edital até a primeira quinzena do mês de Janeiro.
 
7. Duração do curso
 
O curso de Mestrado em Desenvolvimento Rural tem a duração de dois anos e consiste de duas fases, como se apresenta no Quadro 1:
 
Quadro 1: Estrutura e componentes do curso de mestrado em Desenvolvimento Rural 
 
Período I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Período
I Ano

Aquisição de Conhecimentos: disciplinas genéricas e específicas (55% do tempo de contacto directo

Aquisição de capacidades: disciplinas genéricas e específicas comuns aos cursos (30% do tempo de contacto directo)

Estudo independente

Aplicação de conhecimentos e capacidades

Simulação de projectos I (15% do tempo de contacto)

II Ano Aplicação de conhecimentos e capacidades - Dissertação/artigo cinetífico (100% do tempo total)
 
8. Idioma 
 
A língua oficial para o curso é a portuguesa.
 
9.Regime de estudo
 
O regime de formação é a tempo inteiro. O leccionamento das aulas obedece o calendário académico da UEM. 
 
10.Horário
 
As aulas geralmente decorrem entre as 15 e as 19 horas.
 
11.Local
 
Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Campus Universitário, Tel.(+258) 21492177/8, Extensão: 1739; Fax (+258) 21492176; Correio electrónico: dir.faef@gmail, Maputo; Moçambique.
 
12.Período de inscrição
 
Os processos de candidatura, devidamente instruídos, devem dar entrada a partir da publicação do Edital até a primeira quinzena do mês de Janeiro.
Os resultados das candidaturas serão divulgados até duas semanas depois da submissão. 
 
13.Matrículas e Propinas
 
Inscrição: 7.000,00 (Sete mil meticais) para os dois anos.
Propinas: 9.500,00 (Nove mil e quinhentos meticais) por mês.
 
14. Contacto do Director do Curso
 
Prof. Doutora Nícia Givá –  Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
 
15.Plano de estudo
 
O curso está estruturado para correr por trimestre. Cada trimestre do curso de Mestrado em Desenvolvimento Rural compreende um período de 11 semanas, seguidas duma semana intercalar e um quarto período de 5 semanas para as actividades de Simulação de Projectos no campo. O primeiro ano do curso conta igualmente com uma disciplina de seminários consistindo de um grupo de temas com vista a conferir aos estudantes as competências genéricas do curso assim como tópicos especiais da área que, pela sua dinâmica, deverão ser definidos e aprovados pelo conselho de gestão do curso antes do início do ano lectivo. A 1ª fase corresponde a 60 créditos. O segundo ano compreende actividades de investigação e redacção da dissertação/artigo científico, culminando com a apresentação e defesa da dissertação correspondente a 60 créditos. As componentes do curso são esquematizadas no quadro 2.
 
Plano de Estudos do Mestrado em Desenvolvimento Rural 
 
 
Ano I Semestre II Semestre
Módulo CR Módulo  CR
I Métodos de Investigação Científica 08 Concepção e Gestão de Projectos de desenvolvimento 04
Estatística Avançada para Ciências Sociais 05 Opcional I 04
Economia do Desenvolvimento Agrário 04 Opcional II 04
Capital Social no Desenvolvimento 04 Seminários III 03
Seminários I 01 Simulação de projectos 09
Participação, Governação e Desenvolvimento 04    
Gestão de Mudanças no Meio Rural 04    
Estatística Aplicada 05    
Seminários II 01    
Subtotal 36 Subtotal 24
 
  Módulo CR
II Dissertação 60
Total do curso 120
16. Grupo de Professores
 
Item Professor Categoria Área de Formação Instituição
01 Almeida Sitoe Professor Catedrático Eng. Florestal UEM
02 Castilho Amilai Prof. Auxiliar Desenvolvimento Rural UEM
03 Cláudio Mungoi Prof. Associado Desenvolvimento Rural UEM
04 Domingos Cugala Prof. Associado Protecção Vegetal UEM
05 Emílio Tostão Prof. Associado Economia Agrária UEM
06 Eunice Cavane Profa. Associada Extensão Agrária UEM
07 Helder Zavale Prof. Auxiliar Economia Agrária UEM
08 Inácio Maposse Prof. Associado Produção Vegetal UEM
09 Luís Artur Prof. Associado Sociologia de Desastres UEM
10 Nícia Givá Profa. Auxiliar Comunicação Ambiental UEM
11 Rosta Mate Assistente Eng. Florestal UEM
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