Organizações ambientais defendem a preservação dos oceanos e mares
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- Criado em 16-12-2022
Representantes de organizações defensoras do meio ambiente defendem a necessidade de maior preservação e promoção do uso responsável dos oceanos e mares, bem como de recursos marinhos e costeiros, para o desenvolvimento das comunidades locais e do país em geral.
A tese foi defendida esta quinta-feira, em Maputo, pelos oradores do Seminário Académico, com o tema “Uso dos resultados da Pesquisa Científica na Gestão Pública da Pesca e dos Recursos Marinhos”, organizado pela UEM em parceria com o Instituto Oceanográfico de Moçambique (InOM), Institute for Marine Research (IMR, Noruega), FAO e a UNESCO.
Intervindo durante o evento alusivo a décadas do oceano, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, explicou que, devido à diversas actividades de carácter social e económico que ocorrem no mar e nas zonas costeiras, estes locais já sensíveis de natureza, enfrentam desafios resultantes de intensa exploração desenfreada dos recursos e da poluição.
“Os resultados da pesquisa científica e da inovação tecnológica voltada para uma economia com menores efeitos nefastos para os oceanos, a segurança e sustentabilidade dos mesmos, constituem prioridade global”.
Afirmou que, para uma plena materialização das acções da Década dos Oceanos, as universidades, em parceria com todos os intervenientes, devem desenvolver programas capazes de ajudar a suplantar todos os desafios inerentes ao alcance do objectivo almejado.
“É aqui onde pretendemos ter um oceano saudável para que as gerações vindouras possam desfrutar da sua benevolência”, justificou.
Por sua vez, o Embaixador da Noruega, o embaixador da Noruega, Haakon Gram-Johannessen, referiu que o estado dos oceanos é frequentemente tido como uma questão existencial da humanidade, reiterando que é preciso fazer de tudo para garantir a melhor resposta aos desafios que se impõem.
“Estima-se que até o ano 2030 a Economia Azul irá gerar um volume de 405 biliões de dólares norte-americanos em África. Não obstante, existem desafios. Por um lado, o de salvar o ecossistema marinho. Por outro lado, o de aumentar a produtividade dos oceanos. E, por fim, endereçar as mudanças climáticas e a necessidade de acelerar a transição verde”, destacou.
Por sua vez, o representante da UNESCO, Paul Gomis, indicou a necessidade de consciencializar a população mundial sobre a importância dos oceanos e mobilização de todos os actores públicos e privados bem como a sociedade civil para optarem por acções que favorecem a sustentabilidade dos recursos marinhos e costeiros.
o director-geral do InOM, Professor Doutor António Hoguane, reiterou que existe pouco conhecimento nas comunidades sobre os oceanos e seu respectivo potencial para o desenvolvimento, o que justifica a importância da consciencialização da população mundial.
“Os oceanos estão a enfrentar ameaças devido às actividades do homem, que se agravam cada vez mais que a população mundial cresce”, acrescentou.
O evento, alusivo à passagem da expedição marinha “One Ocean Expedition”, contou com a participação dos estudantes e docentes da UEM, bem como de activistas defensores do meio ambiente.